Coisa chata a tal da greve... saio na rua e escuto as reclamações das pessoas que se sentem prejudicadas, e têm razão.
Também não acho que greve seja sempre a melhor ou a única solução, até porque sempre fui uma funcionária de ‘vestir a camisa’ da empresa. Tenho orgulho da organização em que trabalho e sempre procurei trabalhar em conformidade com seus valores e com a sua missão. Porém há determinados momentos que precisamos repensar certos valores e fazer algo para mudar.
A maior bandeira da categoria é o aumento salarial, mas este está longe de ser nosso maior problema. Na verdade nos revestimos de uma necessidade imediata/prática para protestarmos por o que de fato nos incomoda – as condições de trabalho.
Depois de anos de avanço nas teorias da administração não deveríamos mais estar discutindo tais assuntos como uma novidade, como algo que tem que ser feito. Mas por incrível que pareça muitos de nós ainda são vistos como um número, ou como uma máquina, ou como um ser exclusivamente racional que apenas precisa realizar aquilo para qual foi treinado.
Esquecem que somos seres pensantes, críticos e muito emocionais também [ou pelo menos deveríamos...rsrsr..brincadeirinha]. E por isso necessitamos de uma ambiente de trabalho que nos proporcione desenvolvimento e que fortaleça a nossa identidade.
Porque não há outra esfera da vida que exerça maior influencia na formação da identidade que o nosso trabalho. É lá que nos realizamos, nos desenvolvemos e a formamos. Eu? Eu sou a Luana do Banco do Brasil!
Mas, assim como o trabalho pode formar e fortalecer a nossa identidade, também pode massacrá-la. E é aqui que reside o principal problema. Desejamos um ambiente de trabalho onde o aprendizado organizacional nos desenvolva a ponto de criar a motivação necessária à realização do trabalho em equipe. [Óbvio que isso também exige comprometimento da nossa parte, mas isso faz parte de outra abordagem]. Precisamos ser valorizados e vistos como seres humanos, repletos de sonhos!
À pouco li um livro sobre educação da Universidade Corporativa do Banco do Brasil que traz à tona o assunto e ilustra muito bem com uma música do grande Gonzaguinha - Um Homem também chora. Analisando a música podemos concluir o que a maioria de nós reivindica: ser visto como um ser que pensa, ama, sonha e deseja encontrar em seu trabalho a sua maior fonte de realização. Vamos à música:
Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas...
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura...
Guerreiros são pessoas
Tão fortes, tão frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito...
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sono
Que os tornem refeitos...
É triste ver meu homem
Guerreiro menino
Com a barra do seu tempo
Por sobre seus ombros...
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que tem no peito
Pois ama e ama...
Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho...
E sem o seu trabalho
O homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata...
Não dá prá ser feliz
Não dá prá ser feliz...
É das poucas loiras não burras que eu conheço, hein!
ResponderExcluirHuehehehehehe!
Mt bom o blog!
=**
kkkkkkkkk
ResponderExcluirobrigada Filipe!