sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Enxergando além
De repente escuridão!
Chovia e agora não tinha luz.
Escuro...
Lembro que um dia tive medo dele.
Medo dele e de ficar só.
Não tenho mais...
De certo deve ser um luxo.
Ou coisa de criança.
Não tenho mais...
Estranho...
Andei pela casa utilizando-me do tato.
Experimentei o gosto de ver e sentir a escuridão.
Acendi uma vela e continuei a estender a roupa.
Silêncio...
Ouvia apenas o barulho da chuva.
E pequenos ruídos que denunciavam a existência humana.
Estender a roupa foi prazeroso naquele instante.
Logo depois eu deveria dormir.
Mas o sono passou.
A escuridão me despertou.
Estranho...
Sempre durmo no escuro.
Mas esse escuro parecia diferente.
Não havia outra opção.
Não havia o som da televisão.
Ouço o barulho de alguns carros.
Quando de repente, no prédio vizinho,
Uma família começa a cantar ‘parabéns para você’.
Algo breve, sem emoção.
Estranho...
A luz nunca faltou nos meus ‘parabéns’.
Senti vontade de ter todos que gosto naquela condição.
No escuro as pessoas têm mais luz.
Daí podemos enxergá-las melhor.
Podemos escutá-las atentamente.
Ao certo conhecê-las com mais vontade.
Podemos discerni-las com as mãos, senti-las pela voz.
Falar com a pele e com a respiração.
Nos descobrir no silêncio.
Escuro...
Estranho...
Silêncio...
Tudo que eu precisava naquele instante.
Deitei...
E à medida que a vela acabava...
Meus olhos cerravam-se.
E viajei para o mundo dos sonhos...
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gostei imensamente...
ResponderExcluirme tocou de verdade
lembrou as epifania de clarice...
eita que estou chique...
ResponderExcluirsegunda pessoa que fala que lembra dela lendo um texto meu..kkkkkkkk
nem vou dormir...
Legal! Mto bom mesmo! Mas, no seu próximo aniversário vou lembrar de cortar a energia da seu apto! kkkkkkkkkk
ResponderExcluirGostei Luka!
hahaha corte, corte... rsrs
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