quinta-feira, 5 de novembro de 2009

"Será que eu já posso enlouquecer ou devo apenas sorrir?"

O trecho da canção da Pitty embalou meu mês. Em meio a tanta coisa que quase roubou minha paz... enlouquecer ou sorrir? eis a questão!
Mas se a gente parar para pensar... nenhuma decepção, tristeza, rancor ou desilusão deve ultrapassar o nascer do sol. Nenhuma! Simplesmente porque viver é fantástico! E não devemos perder tempo com coisas menores... Já diziam nossos avós: o que não tem remédio, remediado está!
Imagine quantos sabores ainda temos a provar, quantos sons ainda nos embalarão, quantos lugares mágicos temos para conhecer... quantos sorrisos provocaremos, quantos provocarão em nós... quantos mundinhos descobriremos em cada pessoa que cruzará nosso caminho..quantos pores-do-sol... quantos livros nos mostrarão um novo paradigma, quantos filmes a nos emocionar... quantos ventos a nos assanhar e nos fazer sentir livres... quantas belas histórias viveremos... em quantas aventuras nos meteremos... tanta coisa maravilhosa a fazer... a descobrir... então, porque enlouquecer?... 
... neste momento decidi que devo apenas sorrir! Porque nada acontece por acaso... e viver é FANTÁSTICO! [pelo menos para mim é... e espero que seja para você também!]

domingo, 1 de novembro de 2009

Fast-food do amor

Vivemos na era das facilidades, da velocidade, da comodidade. Está tudo pronto para levar, para comer, para usar. Não precisamos mais passar a tarde na biblioteca, basta um clique para ter acesso às bibliotecas do mundo inteiro. Não perdemos mais tempo fazendo o suco do café-da-manhã - ele já vem prontinho para beber numa embalagem super prática. Nem sequer precisamos cortar as frutas - elas também já podem ser compradas descascadas e cortadas em tamanhos ideais para o consumo. Não mais precisamos passar semanas pesquisando um produto que desejamos - do nosso confortável sofá o compramos e o recebemos em casa. Nada mal. Aliás, é maravilhoso! Afinal o tempo é o recurso mais escasso e desejado nos dias de hoje, e com isso ganhamos muito tempo.

O grande problema é que o amor também virou item de prateleira. Algo que queremos encontrar pronto, consumir rapidamente e enfim satisfazer nossas necessidades de ‘amar’ da forma mais prática, veloz e cômoda possível.

Perdemos o prazer da conquista, do conhecer, do amar em silêncio, do ‘ir devagar’. Perdemos a paciência de paquerar, de tornar-se amigos. Afinal tudo tem que ser rápido, não podemos esperar.

A paixão e o amor se tornaram algo tão superficiais que saem com facilidade da boca de pessoas que mal se conhecem. “Poxa, ele é lindo, bem sucedido, solteiro... o conheci ontem, estou apaixonada!” ou “Você é tão linda, inteligente, independente... quer casar comigo?”

Acreditamos em amores prontos, em perfis ideais. Amamos as coisas e não as pessoas. Nos apaixonamos pela casca, sem ao menos tentarmos descobrir o miolo. Enfim, perdemos a paciência de conhecer o outro, de nos doar, de conquistá-lo dia-a-dia. E da mesma forma repentina com que nos apaixonamos nos desapaixonamos também. Porque quando a paixão não evolui para o amor ela morre! Passada a euforia da atração, a semente não cultivada pelos sentimentos e atitudes necessários não vinga. E novamente estaremos pronto para pegar mais um produto na prateleira.

Creio que este seja o grande motivo da solidão que abala as pessoas de todas as partes do mundo. E não falo de solidão apenas no sentido do ‘estar sozinho’, porque também podemos nos sentir sozinhos estando acompanhados - e este é o pior tipo de solidão.

Essa solidão que nos assola advém da nossa falta de paciência em conhecer as pessoas de verdade: Quais são seus planos, seus objetivos, sua filosofia de vida? O que gosta de fazer, o que considera importante, o que não admite? Que valores cultiva, como é sua família, quem são seus amigos? Como enxerga o mundo, as pessoas? Quais são seus sonhos, o que podemos aprender juntos, o que posso ensinar? Nossos mundos se complementam? Ampliamos nossos horizontes? Ou tirando a estética, o status e o que os olhos puderam enxergar no primeiro momento, não nos resta mais nada em comum.

A paixão é uma semente linda que quando cultivada com paciência, sinceridade, carinho e respeito pode crescer e se transformar numa linda, grande e formidável árvore chamada AMOR.

O amor não é para qualquer um. Nada na vida, muito menos o amor, pode surgir sem esforço, sem que tenhamos que ter cultivado e trabalhado muito por isso.

Precisamos deixar de ser tão superficiais e imediatistas e passarmos a enxergar a vida de maneira menos pronta. Precisamos nos conhecer com mais profundidade, ser menos impulsivos e mais verdadeiros. Devemos procurar nas pessoas o que não conseguimos enxergar a olho nu, o que os outros não conseguem ver ‘de longe’. Precisamos descobrir a única coisa que lhes é eterna – sua alma. Precisamos amar sem medo, sem interesse, sem possessividade, sem prestação de contas!

Precisamos nos tornar pessoas críveis e dispostas  a amar. Precisamos olhar mais nos olhos, escutar com vontade de entender, nos apaixonar pelas idéias, pelos ideais, nos emocionar juntos, lutar pelos sonhos do outro, desbravar caminhos, superar obstáculos, sorrir,  conhecer o cheiro da pele, apreciar até os ‘defeitos’. Esperar com fome para jantar juntinhos. Ficar ansioso com a ansiedade do outro. Sentir a dor do outro. Respeitar o seu espaço e ao mesmo tempo fazer parte dele. Estar com ele mesmo estando muito longe. Ficar com cara de bobo ao pensar nele. Não duvidar do que sentimos e do que o outro sente. Precisamos resgatar a verdadeira essência do amor!!
ABAIXO O FAST-FOOD!!!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Meu sonho é minha vida e vida é trabalho


Coisa chata a tal da greve... saio na rua e escuto as reclamações das pessoas que se sentem prejudicadas, e têm razão.

Também não acho que greve seja sempre a melhor ou a única solução, até porque sempre fui uma funcionária de ‘vestir a camisa’ da empresa. Tenho orgulho da organização em que trabalho e sempre procurei trabalhar em conformidade com seus valores e com a sua missão. Porém há determinados momentos que precisamos repensar certos valores e fazer algo para mudar.

A maior bandeira da categoria é o aumento salarial, mas este está longe de ser nosso maior problema. Na verdade nos revestimos de uma necessidade imediata/prática para protestarmos por o que de fato nos incomoda – as condições de trabalho.

Depois de anos de avanço nas teorias da administração não deveríamos mais estar discutindo tais assuntos como uma novidade, como algo que tem que ser feito. Mas por incrível que pareça muitos de nós ainda são vistos como um número, ou como uma máquina, ou como um ser exclusivamente racional que apenas precisa realizar aquilo para qual foi treinado.

Esquecem que somos seres pensantes, críticos e muito emocionais também [ou pelo menos deveríamos...rsrsr..brincadeirinha]. E por isso necessitamos de uma ambiente de trabalho que nos proporcione desenvolvimento e que fortaleça a nossa identidade.

Porque não há outra esfera da vida que exerça maior influencia na formação da identidade que o nosso trabalho. É lá que nos realizamos, nos desenvolvemos e a formamos. Eu? Eu sou a Luana do Banco do Brasil!

Mas, assim como o trabalho pode formar e fortalecer a nossa identidade, também pode massacrá-la. E é aqui que reside o principal problema. Desejamos um ambiente de trabalho onde o aprendizado organizacional nos desenvolva a ponto de criar a motivação necessária  à realização do trabalho em equipe. [Óbvio que isso também exige comprometimento da nossa parte, mas isso faz parte de outra abordagem]. Precisamos ser valorizados e vistos como seres humanos, repletos de sonhos!

À pouco li um livro sobre educação da Universidade Corporativa do Banco do Brasil que traz à tona o assunto e ilustra muito bem com uma música do grande Gonzaguinha - Um Homem também chora. Analisando a música podemos concluir o que a maioria de nós reivindica: ser visto como um ser que pensa,  ama, sonha e deseja encontrar em seu trabalho a sua maior fonte de realização. Vamos à música:

Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas...
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura...
Guerreiros são pessoas
Tão fortes, tão frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito...
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sono
Que os tornem refeitos...
É triste ver meu homem
Guerreiro menino
Com a barra do seu tempo
Por sobre seus ombros...
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que tem no peito
Pois ama e ama...
Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho...
E sem o seu trabalho
O homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata...
Não dá prá ser feliz
Não dá prá ser feliz...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Eu não sou a única...


Imagine (John Lennon)

Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Final de expediente

Era final de expediente e ela já se sentia cansada e até lamentava por estar atendendo  às pessoas do outro setor, afinal, tinha tanta coisa por fazer, tantas metas para atingir.
E chamou um, e outro, e outro mais... Era sempre alguma coisa muito rápida e sem tanto ‘valor’ para a organização.
Apertou o botão e ficou esperando o próximo.
Lá vinha ele, não era uma pessoa ‘normal’, ao certo era uma deficiência de nascença, mas que ela não sabia o nome. Os membros superiores e inferiores eram atrofiados. O corpo também. Era muito magro, tinha a face pequena que destacava sua cabeça. 
Também andava diferente, parecia até engraçado.
Com certeza a maioria das pessoas que estava ali olhava para ele e pensava: mais um sustentado por nós.
Olhou para o rosto dele, andando com seu jeito peculiar, e se surpreendeu com um sorriso indescritível. Os olhos brilhavam e ele parecia, mesmo tendo esperado quase duas horas na fila, tão feliz! Isso a deixou curiosa, reflexiva. Ela sorriu para ele e o recebeu alegremente. Aquele sorriso havia salvado o seu dia, revigorado suas energias e a feito lembrar do valor da vida.
O saudou com uma boa tarde e perguntou qual era o seu problema:
- Vim apenas saber porque meu cheque especial não fora renovado.
- Então vamos dá uma olhada nisso! - disse ela sorrindo.
Olhou o seu cadastro e verificou que era uma conta universitária.
- Sua conta é universitária. Você ainda está cursando?
- Sim, estou iniciando o doutorado. Essa última bolsa creditada na conta ainda foi a do mestrado, mas o próximo mês já será a do doutorado.
Ela se surpreendeu [seus olhos se encheram de lágrimas] e olhou para aquele rosto que ainda sustentava um sorriso encantador e disse:
- Poxa! Meus Parabéns! Qual a área do seu doutorado?
- Engenharia elétrica. Resolvi que vou seguir a carreia acadêmica.
- Que maravilha! Também tive planos de seguir a carreira acadêmica, mas acabei seguindo outros caminhos, embora isso ainda não tenha saído dos meus planos.
- Ahh, não desista! Você consegue!
Ela não podia dar nenhuma desculpa. Se ele, com todas as suas limitações, conseguiu, ela também conseguiria.
- Pronto! Limite renovado!
- Muito obrigado! Só mais uma coisinha, eu gostaria de financiar um carro, seria possível fazê-lo aqui pelo banco?
- Traga a sua declaração de rendimentos. Mesmo sendo temporário, posso tentar fazer com o tempo de duração do seu doutorado. Farei o possível!
- Trarei sim! Muito obrigado e tenha um bom final de semana!
- Para você também. Tchau!
Ela pensou: aquele homem franzino e visto como ‘deficiente’ ou ‘anormal’ contribuía infinitamente mais para o desenvolvimento da sociedade que muitos ‘normais’ - que gastam seu tempo com inutilidades ou praticando o mal.
Ponto para os ‘anormais’! Pensava ela em sua mesa.
E ela jamais esqueceria aquele rapaz, aquele sorriso...
Saiu do trabalho revigorada, crente na vida e no poder que habita em cada ser humano. Envergonhada por suas lamentações inúteis e, feliz, muito feliz.
Em casa, foi contar toda a história à sua família. Ela sustentava o sorriso do rapaz agora. Mas ninguém poderia imaginar o que sentiu. Foi uma experiência dela, única, em um momento que ela estava aberta a entender o significado que havia além do aparente, das pequenas coisas do cotidiano. Foi mais um momento mágico de desenvolvimento. E ela foi dormir sorrindo...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Início de mais um capítulo


A vida é como um livro, feita de capítulos. E o ideal é que não comecemos a ler [viver] o próximo antes de terminar o atual. Precisamos viver cada parágrafo, cada frase, cada palavra. Precisamos participar de todos os acontecimentos, vivenciando novas experiências e descobrindo novos caminhos. Precisamos enfrentar os obstáculos e as angustias, sem perder a esperança e a alegria.

Quando temos a paciência de concluir um capítulo, entramos no outro com a tranquilidade de quem entende o que tem por vir  [sabe o que quer].  Creio que assim temos uma maior chance de sucesso na nova leitura [vivência].

E é assim que eu me sinto agora - encerrando um capítulo e disposta a iniciar um novo com a tranquilidade e a vontade necessárias. Foi um capítulo de grandes descobertas, alegrias, desenvolvimento... mas também de muitas dúvidas, medos, decepções... conquistas, algumas mudanças de planos... enganos, sonhos, lágrimas, sorrisos, precipitações, hesitações... enfim... Tudo imensamente indispensável  ao processo de aprendizado. E o que somos além de eternos aprendizes?

Sinto-me seguramente entrando em um novo ciclo, um novo capítulo dessa minha amada vida [e nada mole também]!
Que Deus abençoe as decisões que irei tomar  e que me traga muitas surpresas [boas] nesse capítulo que se inicia! Amém!!!

sábado, 12 de setembro de 2009

Prestação de contas


Tinha ele imensa cobiça de amar
De sentir os inexplicáveis fogos
Que explodiam num ser perplexo
Arrebatado por tal presente.

Duvidava do que sentia
Portanto nada existia
Amor é certeza e alegria
Deixa cego e vicia.

A imprecisão o fez jurar
Sentir algo que não sabia
A alguém que mal conhecia
Para fugir dessa agonia.

Mas o amor requer tempo
Paciência, coragem e primazia.
Não há espaço para covardia
Não se constrói nada da noite pro dia.

Certa de sua hesitação
Ao vê-lo meter os pés pelas mãos
Até foi capaz de lhe dar o perdão
Na esperança de que seu coração
Ainda tivesse salvação.

Teve não
Porque só os guerreiros
Homens e mulheres verdadeiros
Sabem se doar por inteiro.

Resta à maioria o faz-de-conta
O sorriso amarelo no retrato
Dividir as contas do mês
E prestar contas ao estado burguês!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Enxergando além



De repente escuridão!
Chovia e agora não tinha luz.
Escuro...
Lembro que um dia tive medo dele.
Medo dele e de ficar só.
Não tenho mais...
De certo deve ser um luxo.
Ou coisa de criança.
Não tenho mais...
Estranho...
Andei pela casa utilizando-me do tato.
Experimentei o gosto de ver e sentir a escuridão.
Acendi uma vela e continuei a estender a roupa.
Silêncio...
Ouvia apenas o barulho da chuva.
E pequenos ruídos que denunciavam a existência humana.
Estender a roupa foi prazeroso naquele instante.
Logo depois eu deveria dormir.
Mas o sono passou.
A escuridão me despertou.
Estranho...
Sempre durmo no escuro.
Mas esse escuro parecia diferente.
Não havia outra opção.
Não havia o som da televisão.
Ouço o barulho de alguns carros.
Quando de repente, no prédio vizinho,
Uma família começa a cantar ‘parabéns para você’.
Algo breve, sem emoção.
Estranho...
A luz nunca faltou nos meus ‘parabéns’.
Senti vontade de ter todos que gosto naquela condição.
No escuro as pessoas têm mais luz.
Daí podemos enxergá-las melhor.
Podemos escutá-las atentamente.
Ao certo conhecê-las com mais vontade.
Podemos discerni-las com as mãos, senti-las pela voz.
Falar com a pele e com a respiração.
Nos descobrir no silêncio.
Escuro...
Estranho...
Silêncio...
Tudo que eu precisava naquele instante.
Deitei...
E à medida que a vela acabava...
Meus olhos cerravam-se.
E viajei para o mundo dos sonhos...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sozinha num canto qualquer do meu mundo... surgem imagens, soam palavras, formam-se frases...


O samba satisfaz todos os momentos... Quando estou triste ele me conforta, quando estou alegre ele expande ainda mais minha alegria, quando estou em dúvida ele me explica, quando estou sozinha ele me acompanha e quando quero dançar ele faz a festa!
Enfim, todo sambista é um poeta e todo poeta é um boêmio, um amante, um sonhador e antes de tudo um sofredor, porque não há quem viva de verdade que não sofra com intensidade!
E hoje eu canto Paulinho da Viola:

Vem quando bate uma saudade
Triste, carregado de emoção
Ou aflito quando um beijo já não arde
No reverso inevitável da paixão
Quase sempre um coração amargurado
Pelo desprezo de alguém
É tocado pelas cordas de uma viola
É assim que um samba vem

Quando um poeta se encontra
Sozinho num canto qualquer do seu mundo
Vibram acordes, surgem imagens
Soam palavras, formam-se frases
Mágoas, tudo passa com o tempo
Lágrimas são as pedras preciosas da ilusão
Quando, surge a luz da criação no pensamento
Ele trata com ternura o sofrimento...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Crazyfrog enfrenta um poste!!

Acho que estamos precisando de uma história mais descontraída... Estou um tanto quanto chatinha (se é que é possível ficar mais) nos meus textos ultimamente... Talvez um tanto quanto melosa. Quem não tem os seus momentos??
Mas por onde anda os sacarmos, a ironia, a palhaçada? Hum??
Só vou falar um pouco da última que aconteceu! Vocês não vão acreditar!
Estava eu, no sábado à tarde, saindo do inglês, toda me achando a estudante, quando, de repente! Assim, do nada! PAAAAAAAFT!!! Meu Deus!! Olho para trás...
Um poste bateu em mim! Ou melhor, no Crazyfrog. Não, não deu para acreditar meu! Um poste bateu no Crazyfrog!!! Tadinho, recém-nascido, nunca havia ido ao ‘carriátra’, ainda com cheirinho de bebê... sniiiif... “como sofre o carro de uma pessoa boa!”
Na hora fiquei sem reação... Desci do carro e me deparei com aquele poste enooorme... E eu sozinha, uma pobre mulher indefesa, não podia enfrentar um poste daquele tamanho né?!
Entrei no Crazyfrog, triste e assustada, desci a avenida que homenageia aquele importante político paraibano (Forte é o povo!) e fui para casa sofrendo com o acidente de CrazyFrog.
No mais, à noite, tomei um vinho com minhas inseparáveis amigas e lamentei o acontecido. Sem falar nos consolos já conhecidos: “Poderia ter sido pior” (com certeza, já pensou se o poste além de bater tivesse se jogado encima do Crazynho?), ou “O importante é que nada aconteceu com você!” (não me diga! Jurava que o Crazyfrog era mais importante!).
E ainda não terminou...
Na terça, depois de haver visitado algumas oficinas e autorizadas (a cobrar mais caro, só pode ser) na segunda - para tentar não utilizar o plano de saúde do Crazynho (vocês sabem que sempre cobram aquela ‘co-participação’, então às vezes é melhor fazer particular), decido colocá-lo no melhor hospital mesmo (aquele ‘autorizado’ a cobrar mais caro!). Então ligo para o seguro (o melhor do Brasil por sinal, o BB Seguro Auto! Rsrsr). Segue trechos da conversa:
_ Boa tarde! Gostaria de comunicar um sinistro (no dicionário: ‘o desastre ocasionado no objeto segurado)
_ Sim senhora! Número de identificação da apólice, por favor.
.... E após todos os dados e blá blá blás, ela pergunta:
_ A senhora quer solicitar indenização para o proprietário do poste?
_ Indenização?! (prendo o riso) Claro que não! Quero é processá-lo por ter colocado o poste no lugar errado ora!
Ela também não se conteve... E foi um kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!
E continua...
_ Quem a senhora considera culpado pelo acidente?
(mais uma vez eu prendo o riso)
_ Eu né! E vou culpar quem? O poste? (sei que o poste foi culpado, mas ninguém entende... rsrs)
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
E eu desligo o telefone ‘vermelha’ de tanto rir... pelo menos foi engraçado...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

sábado, 1 de agosto de 2009

Saudade do cheirinho de Hollywood

 


Hoje eu tinha até um programinha diferente, inauguração do sofá novo de uma amiga, claro que não importava o motivo, mas o encontro. Mesmo assim fiquei em casa, tem dias que nada parece mais atrativo que ela... Então fui assistir a um filme – Mr. Jones. Muito bom!! (O bom dos filmes emocionantes é que você aproveita o momento para extravasar as suas emoções também) E lembrei de você pai... sempre me lembro de você e você sabe que me sinto culpada de você ter ido quando eu ainda era uma adolescente alienada e de nada ter feito para te ajudar. Você se foi tão só meu pai.... e isso me dói tanto...
Às vezes eu me sinto frágil... sei que tenho que ser forte pai... sei que sou mãe e já sou uma mulher, mas desejo colo de vez em quando... O seu colo – que não pediria nada em troca, que me escutaria e daria os melhores conselhos, que me entenderia e buscaria me ajudar. Às vezes desejo sua proteção, queria alguém para tomar minhas dores de vez em quando, para resolver alguns problemas, para me defender de algumas coisas. Por vezes desejo o seu amor, para quem eu era realmente a mulher mais linda do mundo... os seus carinhos que me faziam sentir protegida... como você era carinhoso meu pai! Lembro que ficava com cheiro de Hollywood (cigarro), mas isso não me incomodava.
Também tenho saudades de sua alegria, daquelas coisas que os ‘normais’ chamam de loucura e que foram as que mais marcaram minha infância com você. Saudade de dançar em cima do seu pé, de sair passeando com você (e você parecceria que estava carregando um troféu). Saudade do seu amor meu pai - um amor puro, de verdade, que não exige nada que não seja a felicidade do outro. Era disso que eu estava precisando agora. Mas sei que você deve estar me escutando, porque sempre que isso acontece, eu acordo melhor no outro dia... só pode ser você falando com o grande Pai!
Às vezes as pessoas são tão estranhas e tolas, eu não consigo entender... sei que também sou difícil de entender... mas eu apenas busco viver com sinceridade, por inteiro, de verdade... E é tão difícil viver assim por aqui... talvez existam pessoas que pensem assim... quem sabe... é tudo tão superficial e grotesco... eu tento, sei que tento... mas não me encontro onde vou... não em sã consciência ... e às vezes me sinto cansada... sei que é cedo... mas acontece... E é no meio disso tudo e por isso tudo que queria você aqui pai... queria ser sua criança... queria ter onde me desmoronar... mas só tenho a mim...

sábado, 25 de julho de 2009

Busca

Na imensidão de encontros,
Um turbilhão de desencontros.
Multidões que procuram
Semelhança e identidade.

Se questão de tribo fosse,
A solidão seria extinta.
Não é cabelo, esporte e roupa
É sintonia e química.

E vagando lá vão eles,
Pelas ruas da esperança.
Topando, dançando, rindo.
Pensando, sofrendo, descobrindo.

Aos sons delirantes e bebidas inebriantes,
Todos ficam mais interessantes.
Fictício encontro, momentânea contemplação...
Tornando-se desencontro na primeira reflexão.

Por vezes se encontra ao longe,
O que difícil se tem por perto.
Que fazem agora eles?
Se distantes se têm tão perto?

Encontro não é medição,
Não é abraço que aquece,
Beijos que enlouquecem,
Ou  pernas que se cruzam.

Encontro é muito mais que isso!
É pensar e estar junto, é morar dentro do outro,
É filosofia idêntica, é vontade de aprender,
É querer mais que viver!

Não é questão de corpo,
É assunto d’alma!
Não é cego ou inconseqüente,
É seguro, belo e convincente!

Luana Carvalho

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Seja anormal!!!



Transcenda o normal. Nem sempre o normal é o certo. E o certo é o que te faz feliz! À medida que nos importamos menos com a opinião dos outros chegamos mais perto da plenitude. E não existe coisa mais anormal que ser pleno e feliz!

domingo, 7 de junho de 2009

Hoje eu quero sair!

Hoje eu quero sair!
Para um lugar onde possa refletir sobre a vida que às vezes passa sem avisar. Refletir sobre os erros para que possa não mais repeti-los, sobre as paixões que se foram e as que, quem sabe, ainda estão por vir.
Hoje eu quero sair!
Para um lugar onde me sinta bem! Onde possa relaxar, ser simplesmente eu, sem a hipocrisia que a civilidade nos impõe.
Para um lugar onde possa escutar as minhas músicas prediletas e repeti-las quantas vezes desejar. Onde possa beber meus vinhos sem me preocupar com a quantidade.
Hoje eu quero sair!
Para um lugar onde eu possa dançar como se ninguém estivesse a observar.
Para um lugar que tenha bons livros e que eu possa lê-los sem ninguém para incomodar.
Hoje eu quero sair!
E encontrar pessoas que realmente gosto, que me deixam à vontade e que sorriem com os olhos para mim. Que me falem a verdade mesmo que seja dura e que desse encontro, dessa troca, eu me modifique.
Hoje eu quero sair!
Para um lugar onde possa pensar no que bem queira e inclusive no que não tem explicação.
Hoje eu quero sair!
Para um lugar que tenha isso tudo ao mesmo tempo!
O melhor lugar do mundo!
Hoje eu quero mesmo é ...
Ficar para casa!!

sábado, 16 de maio de 2009

Tempo de espera




Tic tac tic tac
Espero.
Tic tac tic tac
Nada me atrai.

Tic tac tic tac
A não ser o tempo.
Tic tac tic tac
Que espero passar.

Tic tac tic tac
Não há decisão a tomar,
Apenas aguardo,
O tempo passar.

Tic tac tic tac
Espero.
Tic tac tic tac
A mudança.

Tic tac tic tac
O mundo gira.
Tic tac tic tac
O ponteiro gira.

Tic tac tic tac
A vida aguarda.
Tic tac tic tac
A decisão.

Tic tac tic tac
É tempo de espera.
Tic tac tic tac
Preciso aguardar.

Tic tac tic tac
Não me resta mais nada.
Tic tac tic tac
A não ser esperar...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

PAI


PAI


Ao quebrar a harmonia reinante,
O herói mostrou-se fraco
Para criança que ainda tão imatura,
Repentinamente viu-se madura.

Como deixar emergir o privilégio da fraqueza
Se o que mais a apetece é vê-lo cônscio e forte,
Para vencer o vício que corrói a beleza
Do doce encontro familiar.

Com tamanha tristeza viu o homem
Que tanto carinho lhe dava,
Trocá-la pelo alucinógeno
Que um mundo novo lhe mostrava.

E agora? Onde está o meu herói?
Por que tão cedo se foi? Por que?
E quem inventou que herói não tem fraquezas?
Quem disse que as fraquezas o anulam?

Meu herói se foi... Abandonou-me.
Não por vontade, porque sei do seu amor.
Vi sua triste luta contra o que um dia procurou,
Pensando ser o remédio para os seus tormentos.

De consumidor passou a consumido,
Da utópica possibilidade de liberdade.
E se foi carcomido pela derrota
E o desespero da solidão.

Sua alegria, seu caráter, os carinhos, sorrisos e beijos.
As danças no meio da sala... O viver intensamente!
Tanto! Mas tanto deixou escrito em minh’alma!
Tanto deixou plantado em meu coração!

O herói que fugiu do estereótipo,
Mesmo imerso em desilusões
Ainda pôde com bravura,
Marcar com as mais belas virtudes
A vida de sua gente!

Luana Carvalho


sexta-feira, 3 de abril de 2009

Maturidade




Quando a explosão do Ser
Reprime o Ter
A beleza ganha conotação que
Transcende a estética

A companhia de outrem
Não é mais fundamental
Para o estado de felicidade

É quando o prazer da solidão
Ganha seu espaço
E o auto-conhecimento traz
O essencial ao crescimento

O ciúme já não é problema
Pelo entendimento da impossibilidade
De possuir o que não se vê

Não mais há de se morrer de amor
Por inferir que não adianta
Sofrer pelo que não mais existe

Não mais há descrença
Pelo entendimento
De que a crença e a esperança
São condições da plenitude

É compreender que jamais
Saberemos o suficiente
E ainda ter sede de conhecimento

Que o trabalho não somente é
Condição de sobrevivência
É instrumento de dignidade
Sinônimo de liberdade!

Maturidade
Não é questão de idade
Mas de conhecimento da verdadeira
Felicidade!


Luana Carvalho

quinta-feira, 5 de março de 2009

Ao Encontro do Mundo


Não entendia o porquê,
Imaginar me satisfazia.
Talvez ao encontro do eu,
De outros eus.

Paisagens, esculturas, gravuras...
Muito jovem eu já sabia,
Que no mundo muito existia
Além dos muros que me prendiam.

Viajar eu precisava
Para do abismo
Que me perturbava
Fugir!

Só não compreendia,
Que não era o lugar que eu queria.
Eram olhares diferente do mundo
Que aquela gente possuía.

Então de cada aventura mágica,
Diferente eu voltaria
Para meu mundinho pequeno
Que cada vez mais se expandia.

Ohh meu Deus!
De tantos lugares fantásticos
Que conhecia,
Mais fantástico era o povo
Que lá vivia!

E a cada viagem
Minha alma explodia de alegria!
Com a certeza de que jamais cessaria,
Pois viajar é remédio da melancolia!

Luana Carvalho